O começo da minha carreira como jornalista

Ei, gente... Fiquei um bom tempo sem escreer e acabei deixando de contar como foi minha trajetória no jornalismo. Como já disse antes, sempre trabalhei com o meu pai que tem uma imobiliária. Fiquei uma época na administração, alugando imóveis, fazendo contratos, atendendo clientes. Depois, quando tirei carteira, comecei a fazer as vistorias dos imóveis entregues pelos inquilinos ou que chegavam para alugar...

Era muito chato, confesso. Você tem que contar cada buraquinho que existe na parede, saber a tinta que foi usada, quantas cerâmicas estão trincadas... Pior é que eu tinha que colocar as faixas e placas sozinha. Andava num fusquinha branco, que ainda está na imobiliária, sempre com arame e alicate. Subia em muros, machucava as mãos... Não dava para manter as unhas bonitas. 

Quando tranquei a faculdade de jornalismo e tirei o Creci, que é o registro do corretor de imóveis, comecei a trabalhar com vendas. Sinceramente, eu era um fracasso. Até que as pessoas que queriam vender os imóveis confiavam em mim e eu captava muita coisa... Agora, vender que é bom.....kkkk. Eu não sabia vender o meu peixe, esconder os defeitos e destacar as qualidades do imóvel. Do jeito que eu era, só faltava falar para o interessado - "Este aqui não vale a pena porque tem uma infiltração....". Bom, um belo dia o meu pai me pegou lendo no escritório e me mandou embora. Ele não admitia isso. 

Mas, quando achamos que tudo está perdido, Deus está olhando por nós. Fiquei sabendo que uma tal de Angélica Hodge (jornalista/produtora/mãe maravilhosa) ia fazer uma seleção na Fumec, onde eu estudava, e paguei pra ver. Eu tinha um bom material gravado em VHS, já que na faculdade eu me dedicava bastante às aulas de telejornalismo e fazia bem mais que a maravilhosa professora Letícia Renalt pedia. Acontece que houve apenas um bate-papo e três pessoas, de estilos bem diferentes, foram escolhidas. 

Era um rapaz, a Mariana (doidona de cabelos vermelhos e piercing na língua  e a linda Gisele Ramos (patricinha de primeira - hoje, apresentadora da Band Minas - uma fofa). Eu nunca fui boa para participar de entrevista, ficava sempre muito tímida, mas sabia que tinha potencial. Não aceitei a derrota e corri atrás da Angélica.

Era foi durona. Antes mesmo de começarem os trabalhos o rapaz já havia abandonado o grupo e, mesmo assim, eu não fui chamada. Aneliese, uma amiga de Lavras, passou a fazer parte da equipe. Depois de um tempo conseguiu entregar o meu material para a Angélica e o restante dessa história eu conto no próximo post.