terça-feira, 13 de agosto de 2013

Você já se fez essa pergunta?

Vez ou outra me pego pensando no quanto tenho dedicado o meu tempo para ajudar ao próximo. Acho que estou ficando mais egoísta, não sei se também se sentem assim.... Não porque queremos, mas porque estamos tão atarefados com os nossos afazeres - casa, filho, marido, trabalho - que nos esquecemos de estender a mão a quem necessita. Muitas vezes, nem percebemos que um colega ou parente precisa apenas de umas palavras amigas ou de algo mais que está ao nosso alcance.

Hoje, me fiz esta pergunta novamente. Passava das quatro da tarde e eu estava em frente à escola do meu filho aguardando a saída dele. Uma doninha se aproximou de mim, aparentemente muito cansada. Com um pedaço de papel nas mãos, ela me perguntou se eu sabia onde ficava aquele endereço. Disse que não, mas que pela referência - que era a TV Alterosa - estava perto. Sugeri que ela caminhasse mais um pouco e voltasse a pedir ajuda.

Naquele mesmo instante me bateu um arrependimento. Pensei: "Meu Deus, quantas vezes eu tenho que fazer um trajeto parecido com esse, a pé, e me canso. Deveria ter oferecido uma carona à ela." 5, 10 ou 15 minutos a mais ou a menos não vai fazer diferença no meu retorno pra casa.

Peguei o meu filho, o coloquei no carro e saí a procura da senhorinha. Caminhando devagar e ofegante, ela ainda estava na mesma rua. Parei o carro e disse que daria uma carona à ela. Como essa mulher ficou feliz! Ela disse: "Foi Deus quem colocou você no meu caminho! Estou muito cansada. Já passei uma trouxa de roupa hoje!" Conversa vai, conversa vem... Fiquei sabendo que a doninha se chama Denise, tem 63 anos e é uma guerreira. Trabalha três dias da semana passando roupa em uma casa de família e durante dois dias cuida de um idoso de 101 anos sozinha! Meu Deu! Como essa mulher é forte, de fibra! Digo isso porque minha tia Aparecida também cuida do meu avô Miguel, de 93 anos, e a luta é grande. Nessa fase da vida, muitos idosos dependem dos outros para tudo - tomar banho, andar, comer...

Enfim, aquela doninha moradora do bairro Tupi e que cruzou comigo na Floresta, em Beagá, ganhou a minha admiração. Ela disse que criou todos os filhos passando roupa. É uma mulher muito alegre e esperta...rs... Quando chegamos ao destino ela fez o seu marketing. Me fez anotar o nome e o telefone dela caso alguma amiga precise de uma passadeira...

Aí, me faço uma outra pergunta: "Como uma ação tão simples como essa pode ter deixado duas pessoas tão felizes?" A senhorinha chegou mais cedo e mais descansada no compromisso e eu cheguei em casa  me sentindo tão leve...

Peço a Deus que eu possa enxergar as oportunidades de ajudar ao próximo e que eu saiba como fazer isso.

Inté!

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