sexta-feira, 7 de maio de 2010

Muita terapia e remédios para curar a depressão

Hoje, a Érica Machado, que é psicóloga e colega de trabalho na TV Alterosa, veio me perguntar se a minha história era realmente verdadeira. Conversa vai, conversa vem, acabei me lembrando da depressão, que ainda não havia falado aqui.

June: a terapeuta-mãe

Aos quinze aos, com aquela confusão toda lá em casa, minha tia Roseli me levou até uma psicóloga conhecida. A June acabou abraçando a causa de todos lá em casa e, regularmente, se encontrava comigo e com minhas irmãs. Acho que meu irmão nunca foi a um terapeuta. Lembro que meu pai não aceitava, não pagava... A June sempre foi um amor, tanto que acho que até levou prejuízo com a gente. Nós pagávamos quanto podíamos e da melhor forma pra gente. Em quase todos os encontros lá estavam os lenços para enxugar as lágrimas que não paravam de cair. Lembro que, ainda com 15 anos, comecei a tomar remédio. E foram 15 anos assim...Obs.: A June tem uma importância tão grande em minha vida que é madrinha do meu casamento!

Os sintomas

Eu tinha um desânimo muito grande, uma angústia, uma tristeza e um vazio no peito, mesmo quando tudo parecia perfeito. Minha vontade era de ficar dormido noite e dia. Lembro que quando trabalhava em Divinópolis, já como apresentadora do MGTV, decidi procurar um psicanalista muito respeitado e quem eu já havia entrevistado várias vezes. Eu queria saber por que não me sentia feliz. Quando ele perguntou sobre minha infância  foi difícil segurar o choro. A partir daí, ficou claro pra mim que todos aqueles sentimentos e acontecimentos do passado estavam apenas adormecidos.

Terapia e remédios

Por várias vezes achava que estava bem e, por conta, própria tirava o medicamento. Um dia sem um deles foi o necessário para eu entrar em desespero no meio da rua. Minhas vistas se escureceram, não conseguia andar direito e não parava de chorar. Minha irmã ficou louca e ligou para o médico.  Vários terapeutas me ajudaram durante todo esse período. Um investimento alto, mas que valeu a pena. Há dois meses larguei os medicamentos e estou me sentindo muito bem. É claro que fico me policiando para não ter recaída. Sei, por exemplo, que os exercícios físicos são fundamentais  é como se eles substituíssem os medicamentos. Espero que a depressão tenha ido embora de vez.

2 comentários:

  1. Me impressionam a sua gentileza em dividir a sua história conosco e principalmente, a sua capacidade de superação!
    Beijinhos

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  2. Desde o primeiro dia que li seu blog, logo depois da criação dele, vários sentimentos tomaram conta do meu coração. Adorei o seu jeito de escrever sobre a própria vida. Jeito de superação embalada pela coragem. Um exemplo de como uma pessoa consegue passar por tantas dificuldades e ainda carregar o amor pelos personagens da história. Meu sogro me dizia que devemos conversar sobre os nossos problemas para que eles fiquem mais leves e fáceis de resolver, ou mesmo, para que aceitemos conviver com aqueles que não tem solução. Acho que vc fez isso muito bem. E ainda faz neste blog. Penso que muitas pessoas devem ter passado, ou ainda enfrentam, dificuldades parecidas. Para essas seria uma lição ler o seu blog. Melhor, ainda se vc continuasse a colocar seus relatos mais intímos em um livro. Adorei ler cada linha do seu blog, sempre a espera da próxima... e da próxima... que demorou a vir nesse último post.
    Admiração. Este é um dos sentimentos que me faz gostar de estar ao lado de uma pessoa. E eu gosto de ficar ao seu lado.
    Continue.
    Até as próximas linhas...
    Bj
    Lili

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