Hoje, a Érica Machado, que é psicóloga e colega de trabalho na TV Alterosa, veio me perguntar se a minha história era realmente verdadeira. Conversa vai, conversa vem, acabei me lembrando da depressão, que ainda não havia falado aqui.
Aos quinze aos, com aquela confusão toda lá em casa, minha tia Roseli me levou até uma psicóloga conhecida. A June acabou abraçando a causa de todos lá em casa e, regularmente, se encontrava comigo e com minhas irmãs. Acho que meu irmão nunca foi a um terapeuta. Lembro que meu pai não aceitava, não pagava... A June sempre foi um amor, tanto que acho que até levou prejuízo com a gente. Nós pagávamos quanto podíamos e da melhor forma pra gente. Em quase todos os encontros lá estavam os lenços para enxugar as lágrimas que não paravam de cair. Lembro que, ainda com 15 anos, comecei a tomar remédio. E foram 15 anos assim...Obs.: A June tem uma importância tão grande em minha vida que é madrinha do meu casamento!
Os sintomas
Eu tinha um desânimo muito grande, uma angústia, uma tristeza e um vazio no peito, mesmo quando tudo parecia perfeito. Minha vontade era de ficar dormido noite e dia. Lembro que quando trabalhava em Divinópolis, já como apresentadora do MGTV, decidi procurar um psicanalista muito respeitado e quem eu já havia entrevistado várias vezes. Eu queria saber por que não me sentia feliz. Quando ele perguntou sobre minha infância foi difícil segurar o choro. A partir daí, ficou claro pra mim que todos aqueles sentimentos e acontecimentos do passado estavam apenas adormecidos.
Terapia e remédios
Por várias vezes achava que estava bem e, por conta, própria tirava o medicamento. Um dia sem um deles foi o necessário para eu entrar em desespero no meio da rua. Minhas vistas se escureceram, não conseguia andar direito e não parava de chorar. Minha irmã ficou louca e ligou para o médico. Vários terapeutas me ajudaram durante todo esse período. Um investimento alto, mas que valeu a pena. Há dois meses larguei os medicamentos e estou me sentindo muito bem. É claro que fico me policiando para não ter recaída. Sei, por exemplo, que os exercícios físicos são fundamentais é como se eles substituíssem os medicamentos. Espero que a depressão tenha ido embora de vez.
Me impressionam a sua gentileza em dividir a sua história conosco e principalmente, a sua capacidade de superação!
ResponderExcluirBeijinhos
Desde o primeiro dia que li seu blog, logo depois da criação dele, vários sentimentos tomaram conta do meu coração. Adorei o seu jeito de escrever sobre a própria vida. Jeito de superação embalada pela coragem. Um exemplo de como uma pessoa consegue passar por tantas dificuldades e ainda carregar o amor pelos personagens da história. Meu sogro me dizia que devemos conversar sobre os nossos problemas para que eles fiquem mais leves e fáceis de resolver, ou mesmo, para que aceitemos conviver com aqueles que não tem solução. Acho que vc fez isso muito bem. E ainda faz neste blog. Penso que muitas pessoas devem ter passado, ou ainda enfrentam, dificuldades parecidas. Para essas seria uma lição ler o seu blog. Melhor, ainda se vc continuasse a colocar seus relatos mais intímos em um livro. Adorei ler cada linha do seu blog, sempre a espera da próxima... e da próxima... que demorou a vir nesse último post.
ResponderExcluirAdmiração. Este é um dos sentimentos que me faz gostar de estar ao lado de uma pessoa. E eu gosto de ficar ao seu lado.
Continue.
Até as próximas linhas...
Bj
Lili