sexta-feira, 8 de abril de 2011

A passagem da TV Betim para a IURD (Record Minas)

Estava feliz da vida trabalhando na TV Betim quando o telefone tocou e eu atendi. O homem se identificou como Josemar. Disse que se lembrava de mim da época da Band. Ele trabalhava lá ainda e também era funcionário da Igreja Universal do Reino de Deus, em Belo Horizonte. Não sei se vocês sabem, mas eles têm uma estrutura muito grande com rádios e TVs espalhados pelo mundo.

 Bom, o Josemar trabalhava na área técnica, mas foi perguntado se conhecia alguém para cobrir férias como jornalista e pensou em mim. Ele perguntou se eu tinha interesse e eu disse que iria lá mais tarde para conversar. Apresentei o jornal e segui diretamente para o templo maior que fica no bairro de Lourdes. Me levaram até a sala do diretor dos programas da TV  Assim que entrei o pastor Taborda disse a todos que eu iria cobrir as férias de uma jornalista que era repórter do bispo e apresentadora de um programa diário. O engraçado é que eu nem tinha conversado com ele... Mas acabei aceitando o desafio.


E como valeu a pena cobrir férias...

Achei que era a oportunidade para eu mostrar o meu trabalho para todo o Estado, já que a TV Betim era local. Por um mês conciliei os dois trabalhos, até que me chamaram para ficar definitivamente n IURD. O que pra muita gente pode parecer estranho, pra mim foi a oportunidade de crescer na vida. Não vou negar que era muito puxado. Só tinha folga aos sábados, quando eu fazia pós-graduação o dia todo...

Uma rotina puxada

Na IURD eu tinha hora para chegar, mas não tinha para sair... E olha que a equipe de TV era grande... Chegamos a ter 4 repórteres! Bom, nós tínhamos que gravar os depoimentos dos fieis que participavam das reuniões que aconteciam todos os dias, pautar e fazer reportagens e, no meu caso, produzir um programa de 15 minutos que ia ao ar todos os dias e um de 45 minutos que saía aos domingos. Como pastores e bispos também gravavam vários programas e faziam outros ao vivo, muitas vezes eu passava horas esperando uma vaga do estúdio. Cheguei a gravar de madrugada várias vezes.

O diferencial

Inovei - e não tenho dúvidas disso. Levei o jornalismo para dentro da igreja. Nos meus programas exibia notícias que eram destaque nos grandes jornais, entrevistava especialistas sobre diversos assuntos... O meu objetivo era prender a atenção do telespectador, fosse ele de qualquer religião. Num determinado momento eu chamava depoimentos e simulações que tinham relação com o tema do programa, mostrava as reuniões e fazia o convite para visitar a igreja. 

O programa ficava leve, gostoso. Nem parecia ser de uma igreja. O que ia ao ar durante a semana se chamava 'Terapia Espiritual'. 'Manhã de Domingo' era o nome do outro, o que eu mais gostava de fazer. Apresentava uma parte em pé, sentada, caminhava pelo estúdio onde sempre havia um entrevistado que era homenageado com depoimentos de amigos e parentes. Gente que mudou de vida! O programa também tinha muita reportagem legal. Eu e meu fiel escudeiro e amigo para todas as horas, o cinegrafista Cláudio Vinícius, fomos a museus, parques, grutas... 

Eu cheguei a fazer passagem com uma cobra no pescoço! Tenho todo esse material gravado e, em breve, vou postar aqui. Era uma rotina difícil. Já cheguei às 9 da manhã para trabalhar e saí 3 da madrugada... Não posso deixar de falar que nesse período todo o meu noivo, hoje marido, sempre esteve ao meu lado, me dando força... E como foi importante essa passagem pela IURD. Sempre soube que seria uma passagem. Eu queria trabalhar com o jornalismo de verdade! Foi com os vídeos feitos na igreja que eu consegui emprego numa afiliada da Rede Globo, em Minas.

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